Fotos: Arquivo Pessoal
Nascida e criada em Dilermando de Aguiar, Maria Mello de Quadros, 94 anos, mudou-se para Santa Maria após se casar com José Martins de Quadros (falecido em 1956). Ele nasceu em São Vicente do Sul, mas montou um armazém em Dilermando, onde conheceu a amada. Os dois residiram por anos na Rua Venâncio Aires, no Coração do Rio Grande, onde deram sequência ao trabalho no armazém.
Após a morte do marido, Maria se mudou para o Bairro Passo D'Areia e continuou tocando o comércio familiar. O casal teve sete filhos: Vanderlan de Quadros (falecido aos 6 meses), José de Quadros (falecido em 2011), Getúlio de Quadros, 67 anos, e Carmem Dinora de Quadros, 64. Maria teve outras três gestações, mas sofreu abortos espontâneos. Maria tinha sete netos, oito bisnetos e três trinetos.
- A mãe era muito solidária, ajudou a criar filhos de vizinhos, parentes e amigos. O pessoal a considerava uma grande mãe. Para ela, era um orgulho ver as crianças se tornarem adultos e poder ajudar na criação dos filhos deles. A mãe adorava crianças, estava sempre rodeada delas - conta a filha Carmem.
Maria não se casou novamente e se dedicou à educação dos filhos e ao armazém. A idosa também montou um Centro de Umbanda chamado Ogum Guerreiro. Conforme a família, ela levava a vida religiosa a sério e já tinha mais de 60 anos de atuação na umbanda. Ela também participava da diretoria da União Santa Mariense de Umbanda e era devota de São Jorge, não faltando a nenhuma procissão dedicada ao santo. Além disso, ela foi a matriarca da Umbanda em Santa Maria e recebeu prêmios e troféus da Câmara dos Vereadores de Santa Maria como reconhecimento ao trabalho religioso.
Maria também adorava a lida do campo e é lembrada pelas atividades de parteira e benzedeira. A idosa também trabalhava lavando roupas. Era independente e realizava as atividades da casa sozinha, mas tinha como companheira, no armazém, Luciana Isabel de Moura, 38 anos.
- Dona Maria nos ensinou a atender bem os clientes, a ser prestativa com eles, a amar. Ela me ajudou a criar meus filhos e era muito boa para eles. Só guardo boas recordações dela - diz Luciana.
De personalidade forte, Maria lutava pelos ideais em que acreditava. A filha Carmem conta que o rosto da mãe sempre ficará guardado na memória dela:
- Ela tinha expressões bem definidas. Minha mãe não precisava falar quando gostava ou não do que estava acontecendo. Ela sempre foi uma mulher muito respeitada por todos.
À família, Maria deixou um legado de respeito, honestidade, luta e garra.
Por 29 dias, ela ficou internada no Hospital da Cauzzo, em Santa Maria. Os familiares a acompanharam durante todo o tempo em que ficou hospitalizada. Nesse período, ela também contou com a companhia dos irmãos do centro de umbanda e com a dedicação a equipe médica.
Maria trabalhou no armazém até o dia 13 de julho, data da internação no hospital. Ela faleceu em 1º de setembro, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Maria foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.
OUTROS FALECIMENTOS EM SANTA MARIA E REGIÃO
Funerária Cauzzo
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20/09
Jorge Damião Lopes de Carvalho, aos 55 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
Nelly Gundel do Amaral, aos 91 anos, foi sepultado no Cemitério Jardim da Saudade, em Santa Maria
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23/09
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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para [email protected] ou pelo telefone (55) 3213-7122
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